segunda-feira, 18 de junho de 2012
sábado, 2 de junho de 2012
A cidade perdida de Akakor
A lenda de Akakor é uma das lendas
brasileiras pouco conhecidas por nós. É sobre uma cidade perdida que
fica na Amazônia e guarda segredos que podem desvendar as nossas
origens. Confira a história nesse post:
Akakor (chamado Akator no filme de
Indiana Jones) é um reino subterrâneo descrito no livro As Crônicas de
Akakor (Die Chronik von Akakor, 1976) do jornalista alemão Karl Brugger,
que foi um best-seller dos anos 80, prefaciado por Erich von Däniken.
Brugger localizou Akakor entre o Brasil e o Peru, dentro da floresta
amazônica, perto da nascente do Purus – um dos locais onde
tradicionalmente foi localizado a lendária cidade de Paitíti.
Em 1972, Karl Brugger, correspondente da
tevê pública alemã ARD, disse ter conhecido um indígena da selva
amazônica que falava alemão. Segundo Brugger, esse indígena, chamado
Tatunca Nara, disse ser o rei do povo dos Ugha Mongulala e príncipe de
Akakor, uma mítica cidade subterrânea que foi capital do terceiro
império das Américas (além dos impérios asteca e incaico).
Segundo Tatunca Nara, sua civilização
teria sido fundada em 13 mil a.C. por brancos de cabelo e barba
negra-azulada que vieram de um sistema solar chamado Schwerta
(possivelmente relacionado ao alemão Schwert, “espada”), mas eram
semelhantes a humanos exceto por terem seis dedos(o que é estranho,
principalmente por causa da impressionante coincidência de que, de
acordo com estudiosos da TE, a expectativa de que nós, humanos, tenhamos
outro dedo daqui uns 200 mil anos). Escolheram várias famílias humanas
para serem seus servidores e com elas criaram o povo “Ugha Mongulala”: Ugha significaria “aliado”; Mongu, “escolhido”; e Lala, “tribos”. Os “deuses”
tiveram relações sexuais com eles e por isso seu povo seria diferente
dos demais indígenas do continente e teria pele branca, nariz bem
delineado, pomos salientes e maçãs do rosto salientes. Naquele tempo, a
terra era plana, não havia montanhas (como na concepção do mundo
antediluviano por James Churchward). As cidades mais importantes teriam
sido Akakor, Akanis e Akahim.
Akanis foi construída “em um istmo estreito no país que hoje é chamado México”, no lugar onde os dois oceanos se encontram. O mapa a põe no Iucatã, perto de onde se localiza Chichen Itzá.
A segunda cidade seria Akakor, nome que seria derivado de aka, “forte” e kor, “dois”, ou seja, “Segundo Forte“. Ficaria no alto Purus, em um vale elevado nas montanhas da fronteira entre o Brasil e o Peru:
“Toda a cidade está rodeada por uma muralha com treze portões. São tão estreitos que só dão acesso a uma pessoa de cada vez.”
Tatunca disse que a cidade tem um Grande Templo do Sol, contendo documentos, mapas e desenhos que contavam a história da Terra .
“Um dos mapas mostra que nossa Lua
não foi a primeira, nem a única na história da Terra. A Lua que
conhecemos aproximou-se da Terra e começou a orbitá-la há alguns
milhares de anos” (concepção claramente baseada na Cosmogonia Glacial de Hörbiger).
A terceira fortaleza seria Akahim, não
mencionada na crônica antes de 7.315 a.C., ligada com Akakor, e situada
na fronteira do Brasil com a Venezuela. Esta é uma das localizações
tradicionais de outra das mais famosas cidades lendárias da América do
Sul, Manoa do Eldorado, com a qual é explicitamente identificada.
A partir dessas três cidades, teriam
sido fundadas 26 cidades de pedra, incluindo Humbaya e Patite (Paitíti
?) na Bolívia, Emin, nas zonas baixas do Grande Rio e Cadira (Candire ?)
nas montanhas da Venezuela. Mas “todas foram completamente destruídas na primeira Grande Catástrofe, 13 anos depois da partida dos Deuses.”
Os “Pais Antigos” também
construíram três recintos religiosos sagrados: Salazere, nas zonas altas
do Grande Rio (em um afluente do Amazonas, a oito dias de Manaus);
Tiahuanaco, sobre o Grande Lago e Manoa, na planície elevada do Sul.
Eram as residências terrestres dos “Mestres Antigos”, proibidas
para os Ugha Mongulala. No centro se elvantava uma gigantesca pirâmide,
e uma escadaria espaçosa conduzia à plataforma na qual os deuses
celebravam cerimônias desconhecidas por seus servos humanos. Seu império
teria tido 362 milhões de habitantes: 130 famílias de extraterrestres,
dois milhões de Ughla Mongulala e 360 milhões de súditos.
A língua dos Ugha Mongulala seria o
quéchua, escrito com 1.400 símbolos. Da civilização de Akakor, teria se
originado a cultura de Tiahuanaco e a civilização Inca.
Em 10.481 a.C., os extraterrestres
partiram, deixando seu império nas mãos de seu servidor Ina e o
orientaram a abrigar os Ugha Mongulala nas cidades subterrâneas para se
protegerem da catástrofe. Depois que esta aconteceu, os 360 milhões de
súditos se rebelaram, “rechaçaram o legado dos deuses e esqueceram
rapidamente seu idioma e escrita. Converteram-se em degenerados”.
A catástrofe de 10.468 a.C. teria sido
causada por “outra nação de deuses”, esta de pele avermelhada e pêlo
abundante, com cinco dedos nas mãos e nos pés, mas com cabeças de
serpentes, tigres, falcões e outros animais.
As “tribos degeneradas” teriam fundado
seus próprios impérios e acuado os Ugha Mongulala, cujo líder Urna foi
derrotado e morto em uma batalha na montanha de Akai. Seu povo teria se
refugiado nas cidades subterrâneas. Os deuses voltaram então a intervir e
provocaram uma segunda catástrofe em 3.166 a.C., que seria o dilúvio
bíblico.
Os deuses voltaram a visitar os Ugha
Mongulala e ficaram com eles por três meses. Fundou-se um novo império
centrado em Akakor, com um líder chamado Lhasa, que teria reinado sobre
20 milhões de sobreviventes e fundado Macchu Picchu. Um irmão de Lhasa
chamado Samón voou para o leste e fundou seu próprio império. Em 3056 a.
C., Lhasa fundou um porto chamado Ofir, por onde comerciava com o
império de Samón. Esse império alcançou seu apogeu em 2500 a.C., quando
reinava sobre um império de 243 milhões de habitantes. Em 2470 a.C., “Viracocha, o Degenerado”,foi
banido de Akakor por razões políticas e fundou Cuzco e a nação inca.
Depois, o império começou a enfrentar inimigos e rebeliões.
m
570 d.C., Akakor estava ameaçada pelos rebeldes e pelos incas, mas
chegaram mil guerreiros godos pelo rio Amazonas, que se aliaram a Akakor
e trouxeram o conhecimento do ferro, do arado e de novas sementes (eram
presumivelmente refugiados da derrota de Teia, último rei ostrogodo,
por Narses, general do imperador bizantino Justiniano na batalha do Mons
Lactarius, de 553 d.C.). Também se consideravam descendentes dos deuses
(dá-se a entender que eram herdeiros do desaparecido império de Samón) e
integraram-se na comunidade de Akakor, que reconquistou as terras da
Amazônia e demarcou a fronteira com os incas, vivendo em paz com eles
até a chegada dos espanhóis.
Em 1532, os espanhóis conquistaram o
Império Inca e em 1553 tiveram notícia da existência de Akakor, cujos
chefes decidiram se retirar para o interior, abandonando Macchu Picchu e
os últimos incas e levando as riquezas que podiam. Um grupo de
espanhóis chegou, mesmo assim, perto de Akakor, mas foi derrotado em uma
batalha no monte Akai. Foram feitos prisioneiros e alguns conseguiram
fugir (dando a entender que seria a legendária Paitíti dos
conquistadores, supostamente habitada por um povo branco). As tribos
submetidas da Amazônia voltaram a se rebelar, criando suas próprias
sociedades.
Na cidade aliada de Akahim, as mulheres
se recusaram a acatar a retirada aprovada pelo conselho e assumiram o
governo e a guerra, lideradas por uma princesa chamada Mena. Conhecidas
pelos espanhóis como as amazonas (ou seja, as icamiabas), lutaram contra
os espanhóis por sete anos, separaram-se das tribos rebeldes e criara
uma nova ordem na cidade subterrânea das montanhas de Parima, onde no
tempo em que foi publicado o livro viveriam ainda 10.000 pessoas, que
saíam à superfície apenas para cultivar suas terras e caçar.
Nas vésperas da II Guerra Mundial, o rei
Sinkaia de Akakor teria capturado uma mulher alemã chamada Reinha e se
casado com ela, união da qual teria nascido Tatunca Nara em 1937. Além
disso, Reinha negociou uma aliança com os nazistas, pelas quais o III
Reich se apoderaria do litoral do Brasil e Akakor ficaria com a
Amazônia. De 1941 a 1945, dois mil soldados alemães teriam chegado a
Akakor de submarino, levando armas modernas. Com a derrota nazista,
teriam ficado e se integrado à vida do povo.
A Akakor da superfície teria sido
destruída e abandonada três anos antes do encontro de Brugger com
Tatunca Nara, para evitar que fosse descoberta pelos “brancos bárbaros”.
Seu povo teria fugido para treze cidades subterrâneas – Akakor
“inferior”, Budu, Kish, Boda, Gudi, Tanum, Sanga, Riño, Kos, Aman, Tal,
Sikon e Mu, todas iluminadas artificialmente, com exceção da última,
iluminada por meio de chaminés que chegam a superfície e um grande
espelho de prata.
Brugger
escreveu que viajou no alto Purus com Tatunca Nara, mas sua canoa virou
e, tendo perdido os víveres e remédios, não ousou prosseguir a pé.
O livro previa uma terceira grande
catástrofe em 1981, que destruiria a Terra e, obviamente, não se
realizou. Em 1985, Brugger foi assassinado a tiros em um restaurante no
Rio de Janeiro.
O estadunidense John Reed saiu em uma
expedição em busca das cidades. Nunca mais foi encontrado. Em 1983 o
explorador suíço Herbert Wanner também partiu para nunca mais voltar.
Seu crânio foi posteriormente encontrado na floresta e identificado. A
alemã Christine Heuser, envolvida na lenda, também despareceu no meio da
floresta.
Quando Rüdiger Nehberg e Wolfgang Brög
resolveram fazer um documentário sobre o tema e foram guiados por
Tatunca, notaram diversas contradições em sua história. Investigação,
contando com a ajuda das autoridades, logo revelou que Tatunca Nara era
em verdade Günther Hauck, um fugitivo da Alemanha. Depois de um divórcio
em 1966, e para não pagar os direitos à ex-mulher, Hauck fugiu para o
Brasil. O que explicaria bem o fato de que falava e escrevia alemão bem
melhor do que português. Sua ex-mulher não só o reconheceu, como
registros mostram que enquanto ainda estava na Alemanha, Hauck já havia
usado o pseudônimo de “Tatunge Naure”.
Günther “Tatunca Nara” Hauck ainda
reside em Barcelos, cidade do Amazonas às margens do Rio Negro. Em 2003
foi declarado mentalmente instável, mas continuou oferecendo seus
serviços de guia.
Akakor continua uma lenda. Embora
Tatunca Nara não tenha sido quem falou, a lenda de Akakor é conhecida
desde tempos remotos pelos moradores da região do Amazonas. Será que um
dia, teremos a oportunidade de conhecer a cidade? Ou tudo isso não passa
de invenção? O que você acha leitor?
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